
Queridos amigos, companheiros e palhaços...
Gostava de começar por comentar o post do Palanca. Concordo plenamente que o blog ja teve dias bastante melhores, quando o entusiasmo parecia levar as pessoas a escrever como se não houvesse amanhã. Eu sei que não tenho participado muito, mas este é um espaço onde se debatem actualidades e encontros tripeiros. Não que o meu coração não esteja aí na foz do Douro, mas a minha realidade é bastante diferente. Se quiserem posso publicar uma contagem semanal sobre a cor predominante dos fatos de treino "tactel" que eles usam cá, mas pouco mais do que isso...
Por outro lado deixo aqui só uma pequena explicação: Palanca, por muito que quisesses ter frequentado essa grande instituição entre a Marechal e a Pasteleira, naquela altura eles eram um bocado restritivos em relação à cor da pele. Não era nada que tivesse a ver com a nossa vontade, eram as políticas da Escola. Claro que havia um ou outro aluno mais morenos, como o Cristophe, mas neste caso em particular teve que meter uma cunha gigante e mesmo assim só entrou porque o pai dele era um jogador de futebol internacional pelos Camarões. A única coisa que o teu pai fazia (e muito bem, diga-se de passagem) era encher os depósitos de gasóleo em tempo record na Galp da Areosa. Assim era mais complicado...
Mas quero que percebas que não é nada contra o facto de seres angolano, á apenas um esclarecimento do critério de selecção que eles tinham pelo menos na década de oitenta.
Posto isto, aproveito só para dizer que as férias na América Central foram excelentes, plenas de sol , tsunamis e furacões. Mas sem cocodrilos...
Tirando o facto de o Bordas (aka Marlon) ter acrescentado mais algumas enfermidades à sua extensa e distinta lista de patologias crónicas (excepto a malária e o dengue, que só se manifestarão mais tarde, mas é de louvar o esforço que ele empreendeu para que estas constassem no que ele denomina de passaporte de maleitas), esteve tudo em grande.
O único episódio mais negativo foi o facto de haverem promessas de encontros entre a Papos e a Chinchila com o nosso grupo expedicionário no dia de an(j)os da primeira. Claro que escusado será dizer que mais uma vez este encontro não se realizou (já começa a ser hábito), apesar dos esforços intensos levados a cabo por nós! A verdade é que andamos dias à deriva à procura desses dois membros da nossa selecta comunidade, sem nunca nos passar pela cabeça desistir. Mas chegou a altura em que nos apercebemos que ja tinhamos passado mais de metade das nossas férias nessa missão altruísta de tentar passar esse dia especial para a Papos com ela e tivemos de tentar aproveitar o pouco tempo que nos restava para nos tentarmos divertir (a moral ficou em baixo). Para quem não acreditar fica como prova a fotografia de um dos 1500 cartazes que colocamos um pouco por toda a América Central, nessa busca incessante...
De resto, nada de assinalar de regresso à Ilha dos Azeiteiros, a não ser o Carnaval de Notting Hill, que segundo consta é o segundo maior carnaval de rua a seguir ao do Rio de Janeiro, e que foi incrível...
E na semana passada presenciei o meu primeiro jogo ao vivo da "Primeeeeeeira Liga Inglesa" (nessa homenagem ao grande Gabriel Alves), em Stamford Bridge, que nada ficou a dever ao embate dos Invisuais de Grijó vs Prostéticos da Maia. Fraquinho, mas com bom ambiente de pais e filhos pré-adolescentes a matarem pints.
Cá continuarei sempre a seguir atentamente este blog que tantas alegrias me dá...
Abraços, beijos e outras coisas que tais...
Tio Fuertecito
P.S. - Constou-me que na noite de Non Stop Oven Pizza (tiro o chapeu ao Palanca pela organização) o Lollypop andava entusiasmadissimo a por anchovas nas pizzas das outras pessoas, numa acção frenética e contagiante a que este "Margarita do rock contemporâneo" já nos habituou...
P.S. 1 - Força " Bamos Agora Realmente Ber Essa Lingua Afiada"...